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quarta-feira, 8 de abril de 2020

"começou a passear suas mãos no meu corpo e tentou tirar a minha blusa. Eu o empurrei, tentei correr."



Tinha 15 anos quando o meu "tio" tentou abusar de mim. Bom, ele era uma pessoa que eu JAMAIS imaginaria que fosse capaz de fazer esse tipo de coisa. Eu confiava demais nele, apesar de não ser o meu tio de sangue.Minhas primas e eu éramos loucas por ele. Nos tratava com bastante carinho e amor.

Em um domingo pela manhã ele chegou em minha casa, conversou com a minha mãe, perguntou se iria trabalhar no dia seguinte, me abraçou, me beijou e foi embora. Na segunda-feira, a minha mãe e irmã tinham ido trabalhar e meu irmão ido para escola. Eu fiquei em casa sozinha como todos os outros dias. Costumava deixar a janela da porta aberta, porque a minha irmã trabalhava na casa em frente à minha.

Ele chegou, chamou pelo o meu nome, eu o deixei que entrasse. Eu estava na cama da minha mãe deitada, olhando o celular. Ele sentou na cama, tirou a camisa, e deitou. Me afastei. Tremi. Sentia que o pior iria acontecer. Mas me perguntava:"Ele? Não! Ele nunca me machucaria". Então, começou a passear suas mãos no meu corpo e tentou tirar a minha blusa. Eu o empurrei, tentei correr. Mas sem sucesso. Ele me agarrou tão forte que senti seu órgão. Empurrei outra vez, corri para cozinha e fiquei atrás da mesa para que não fosse mais me agarrar.

Ele foi embora e eu só conseguia chorar e chorar. Me sentia fraca por não ter gritado. Eu não tinha forças. Contei a minha mãe, ela chorou e chamou todos da família. Quando contou a minha tia, mulher do meu "tio", ela não acreditou. Me chamou de puta. Disse que eu o que seduzi; que eu era oferecida. Não tinha como inventar uma história dessas.

Eu recebi apoio da minha mãe. Tentamos denúncia-lo, mas não conseguimos porque não tínhamos o endereço dele. As minhas primas falaram que quando ele as abraçava, sentiam um abraço diferente, um abraço forte. Sentiam que ele olhava pra elas diferente dos outros tios. Eu não percebi isso, eu gostava dele e achava que o abraço e olhar era normal. Não enxergava maldade.

Quando o vejo na rua eu fico imóvel. Sem reação. Eu corro e choro. Minha namorada me encorajou a contar isso.

Eu preciso. Todas precisam. Não quero que revele o meu nome.
Obrigada!

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