Visitas s2

O que é o Projeto VeMulhé!?

terça-feira, 28 de abril de 2020

Um dos caras que estava por lá, me encontrou apagada e disse às minhas amigas que iria cuidar de mim


Bom, se eu resumir, beeeeem resumido, foi assim:
Estava no curso de música; piorei da depressão; saí do curso. Quando pensei que iria me recuperar, meu melhor amigo se matou. Fui a segunda pessoa a vê-lo enforcado. Tive uma recaída f#da.

Alguns amigos, na esperança de me fazer distrair, me levaram pra casa de uma amiga pra ver um jogo da copa. Eu não estava bem. Um tempo depois, eles saíram para deixar um boy no ponto de ônibus e eu fiquei sozinha. Tomei uma garrafa de cachaça de uma vez. Apaguei. Um dos caras que estava por lá, me encontrou apagada e disse às minhas amigas que iria cuidar de mim. Resultado: fui estuprada. Contraí HPV.

Com o tempo, percebi que estava doente. Eu tenho apenas alguns flashes do que aconteceu, mas juntei as peças. Então, fui atrás dele para tirar satisfação. E ele me disse que estava sentindo saudade daquela noite. Passou a me mandar muitas mensagens e me abordar na saída do trabalho. Me seguir. Sempre se insinuando.

Eu fiz todo o tratamento escondida. Por sorte, estava trabalhando e consegui comprar remédios e fazer consultas. Também fiz teste de HIV, porque fiquei com um medo do c#r$lho. Graças a Deus, deu negativo pra HIV, só que fiz um tratamento muito pesado contra o HPV. Hoje estou curada, mas o tratamento é f#da.

Daí comecei a ter problemas com álcool. Não bebo todo dia. Inclusive, passei anos sem beber, mas quando eu bebo, é pra cair!

|Tem gente depressiva que se corta. Eu tenho um piercing pra cada surto|


|Raspei a cabeça porque não estava aguentando. Eu não conseguia tomar banho... Às vezes ainda não consigo. Fui me desfazendo do cabelo por não conseguir mais cuidar|



|Tento ser o mais normal possível. A música e o trabalho, são meu combustível|

quarta-feira, 22 de abril de 2020

ele foi até o fim. Gozou, e depois saiu reclamando! Mesmo depois disso, eu ainda achava que gostava dele


Ele foi o primeiro homem da minha vida !
Parecia ser tudo perfeito, com ele tive todas as descobertas, o primeiro  orgasmo...
Mas apesar de tudo, alguma coisa me incomodava: Ele era insaciável, queria sexo toda hora! 
E assim fui levando, muitas vezes fazendo sexo por fazer... mesmo sem vontade, mas nunca neguei...
Entretanto, com o passar do tempo, foi ficando insustentável! Eu já não queria mais fazer sem vontade, afinal, doía! Tinha infecções de urina recorrentes.

E comecei a negar...  mas ele não aceitava ouvir nãoFazia chantagens emocionais. E eu acabava cedendo. Já teve situações de eu acordar com ele se masturbando cima de mim. Eu fui começando a tomar nojo dele, mas ao mesmo tempo ainda era apaixonada! (Por incrível que pareça).

Um dia, mexendo no computador dele, descobrir que ele acessava vários sites de pornografia, o que me deixou com mais nojo! E eu tentei desabafar com ele, dizendo que ainda gostava dele, mas no momento não estava com vontade de ter relações sexuais. Claro que ele não entendeu. Fez todos os tipos de chantagens emocionais, e quando viu que eu realmente não ia ceder, ele me segurou e teve relações a força! Eu chorava... mas ele foi até o fim. Gozou, e depois saiu reclamando! Mesmo depois disso, eu ainda achava que gostava dele, e continuei o relacionamento. Me lembro que sempre inventava desculpas, sempre brigávamos... 

Um dia, saímos, bebemos... Eu cheguei em casa praticamente desmaiada. Quando acordei estava toda suja de ejaculação. Ele tinha transado comigo totalmente desacordada! Por outros motivos, acabamos terminando! E até então, eu não tinha noção que tinha sido estuprada diversas vezesIsso me atrapalhou em várias situações.

Depois de um tempo comecei a namorar com outra pessoa,  mas tinha nojo de sexo, e não conseguia manter relações sexuais com ele! Terminei o namoro e coloquei na cabeça que tinha que tirar esse trauma de mim. E comecei a fazer sexo aleatoriamente, tentando achar uma pessoa que pudesse me satisfazer. Bebia, fantasiava... e ia pra cama, no início excitada! Mas perdia a vontade muito rápido, e no final, me sentia pior ainda!

Fiz terapias! Consegui me libertar desse trauma. Hoje sou casada, e em nada essa história atrapalha meu casamento. Apenas colho algumas consequências das atitudes que tive.


[quando terminei o namoro, ele não aceitou o fim e ameaçava me matar]
[às vezes eu saía da faculdade e ele estava na porta me olhando. Eu gelava...]




quinta-feira, 16 de abril de 2020

Ele desligou a tv, deitou do meu lado (tudo totalmente escuro) e colocou uma faca de açougueiro nas minhas costas. Tapou minha boca e...


Eu tinha 15 anos na época, quando conheci meu irmão ( por parte de mãe ). Não fui criada próxima a ele. O conheci já com 20 anos de idade. Tudo começou quando ele foi morar na minha casa. Eram só dois quartos e eu dividia um com a minha irmã que, na época, tinha uns 10 anos. Como minha irmã era a mais nova, passou a dormir com meus pais e eu no outro quarto com ele

Passei duas noites tranquilas. Meu irmão não dormia. Passava horas no vídeo game. Basicamente, trocava a noite pelo dia. Então, uma certa vez, eu já tava deitada. Era 1h30 da madrugada. Ele desligou a tv, deitou do meu lado (tudo totalmente escuro) e colocou uma faca de açougueiro nas minhas costas. Tapou minha boca e me estuprou. Tanto por frente quanto por trás. Lembro que demorou cerca de 50 minutos. Em seguida, ele me deu um beijo na testa e disse: "te amo, maninha! Mas, se você gritar ou falar pra alguém, eu mato você!" ...e foi dormir. 

Fiquei em claro a noite inteira. Não sabia se chorava ou se só ficava ali olhando pro escuro. No dia seguinte fiz tudo normalmente. Tentei agir como se nada tivesse ocorrido, e ele, como se nunca tivesse existido ali. À noite, optei por dormir na casa de umas amigas. Passei uns três dias lá. Fui em casa pra poder pegar umas roupas, pois estávamos de férias do colégio, e íamos viajar juntas. 

Cheguei em casa, peguei as roupas e fui tomar um banho. A porta do banheiro era sanfonada. Enquanto lavava o cabelo, tive a sensação de alguém estar me olhando. Quando abrir os olhos, lá estava ele me admirando por cima da porta. Eu, simplesmente, joguei a escova de pés na lâmpada e a quebrei. Desliguei o chuveiro e falei: "nossa! a luz queimou". Me vesti e dali eu saí. Durante o restante do dia, não o vi mais. Na realidade, eu mal o via. Ele usava drogas. Passava mais tempo na rua que em casa. Optei, então, por dormir na sala sempre que ele estivesse em casa.

Eu já sabia que ninguém ia acreditar em nada, afinal de contas, ele era considerado o "bebê da casa" (principalmente pela minha mãe). Então, convivi com isso durante anos.

Graças a Deus, ele acabou fazendo uma "merda" muito grande em relação às drogas, e minha família o mandou de volta de onde ele veio. Desde então, não o vi mais. No entanto, ele me liga sempre. Diz que está com saudade.

Hoje, tem até filha. Um bebê de três aninhos. Não sei onde vive agora. O bloqueei em tudo, para evitar qualquer tipo de contato.

Espero um dia poder esquecer tudo isso...

quarta-feira, 8 de abril de 2020

"começou a passear suas mãos no meu corpo e tentou tirar a minha blusa. Eu o empurrei, tentei correr."



Tinha 15 anos quando o meu "tio" tentou abusar de mim. Bom, ele era uma pessoa que eu JAMAIS imaginaria que fosse capaz de fazer esse tipo de coisa. Eu confiava demais nele, apesar de não ser o meu tio de sangue.Minhas primas e eu éramos loucas por ele. Nos tratava com bastante carinho e amor.

Em um domingo pela manhã ele chegou em minha casa, conversou com a minha mãe, perguntou se iria trabalhar no dia seguinte, me abraçou, me beijou e foi embora. Na segunda-feira, a minha mãe e irmã tinham ido trabalhar e meu irmão ido para escola. Eu fiquei em casa sozinha como todos os outros dias. Costumava deixar a janela da porta aberta, porque a minha irmã trabalhava na casa em frente à minha.

Ele chegou, chamou pelo o meu nome, eu o deixei que entrasse. Eu estava na cama da minha mãe deitada, olhando o celular. Ele sentou na cama, tirou a camisa, e deitou. Me afastei. Tremi. Sentia que o pior iria acontecer. Mas me perguntava:"Ele? Não! Ele nunca me machucaria". Então, começou a passear suas mãos no meu corpo e tentou tirar a minha blusa. Eu o empurrei, tentei correr. Mas sem sucesso. Ele me agarrou tão forte que senti seu órgão. Empurrei outra vez, corri para cozinha e fiquei atrás da mesa para que não fosse mais me agarrar.

Ele foi embora e eu só conseguia chorar e chorar. Me sentia fraca por não ter gritado. Eu não tinha forças. Contei a minha mãe, ela chorou e chamou todos da família. Quando contou a minha tia, mulher do meu "tio", ela não acreditou. Me chamou de puta. Disse que eu o que seduzi; que eu era oferecida. Não tinha como inventar uma história dessas.

Eu recebi apoio da minha mãe. Tentamos denúncia-lo, mas não conseguimos porque não tínhamos o endereço dele. As minhas primas falaram que quando ele as abraçava, sentiam um abraço diferente, um abraço forte. Sentiam que ele olhava pra elas diferente dos outros tios. Eu não percebi isso, eu gostava dele e achava que o abraço e olhar era normal. Não enxergava maldade.

Quando o vejo na rua eu fico imóvel. Sem reação. Eu corro e choro. Minha namorada me encorajou a contar isso.

Eu preciso. Todas precisam. Não quero que revele o meu nome.
Obrigada!

Isso nem consigo detalhar, porque me faz voltar no tempo e ver que sou uma mulher incompleta e infeliz, e mais uma vez fui ameaçada: "não diga nada a ninguém".


Eu não sei quantos anos tinha. Ainda criança, me lembro de um vizinho engraçado, conhecido até hoje na sua profissão. Ele me perguntou se eu gostava dele. Eu respondi que sim, como comediante, brincalhão e tudo mais. Daí, ele disse: "pois me de sua mão e nunca diga a ninguém". E pegou minha mão e conduziu sobre o "negocio" dele. Sai chorando e me escondi. Jamais esqueci. Porém ele nunca deixou de falar comigo e de fazer suas palhaçadas. Me cumprimentava normalmente: "tudo bem?", e pegava a minha minha mão mas não deixava. Minha mãe dizia que eu era mal educada. Ele sabia o motivo da minha rejeição, mas nunca disse a ninguém.

Hoje, adulta, ainda olho para ele com nojo. Tem filhos, ainda vive da profissão de fazer os outros rirem, mas eu continuo com medo. Agora frequenta uma comunidade católica, o que me deixa ainda com mais medo. Infelizmente depois de tanto tempo, já com meus 30 anos, não consigo me relacionar com ninguém.

Pra piorar, fui conhecer a família da minha mãe. Até então, foi maravilhoso. Minhas tias e tios me tratavam tão bem. Me senti em casa, como se conhecesse há tempos. Coisa que nunca tive por parte da família de meu pai. Da primeira vez, fui com a minha mãe, depois de um ano fui novamente, só que sozinha. Primeiro passei na casa de um tio e fiquei uma semana e meia (a pior da minha vida). Fiquei hospedada no mesmo quarto que estive da outra vez com a minha mãe. Tinha porta, mas o meu "tio" me surpreendia às noites, pedindo para entrar assim que a mulher dele dormia. Certa noite, ele entrou, me agarrou e tirou nossas roupas. Tentei gritar mas ele colocou a mão na minha boca. Não tive forças. Senti nojo... Fui estuprada.

Isso nem consigo detalhar, porque me faz voltar no tempo e ver que sou uma mulher incompleta e infeliz, e mais uma vez fui ameaçada: "não diga nada a ninguém". E a dor me consome. Tenho nojo de homens. Sim... infelizmente generalizo totalmente. Por todo esse nojo e pelo meu jeito, sou chamada de "sapatão", "lésbica". Me questionam por eu não ter ninguém a essa altura da idade. Não tenho ninguém porque nunca senti algo que me fizesse, por um momento, esquecer o que passei.

Quando penso estar segura, vem um medo maior...

PS: Não quero ser identificada.

Eu fiquei em pé, aí um homem encostou em mim. Senti que ele estava muito grudado...

Um dia eu estava no ônibus, indo pra escola e o ônibus começou a encher de gente; ficou lotado. Eu fiquei em pé, aí um homem encostou em mim...