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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

De forma arrogante, gritou no meu ouvido que ia me estuprar.



O carnaval se aproxima e desde já a diversão toma conta das ruas e das pessoas. É tempo de pôr pra fora aquele "seu eu" que só tem espaço nesse período. Beber muito, dançar até o chão, paquerar, beijar várias bocas... O problema é quando você não respeita que outra pessoa não quer ser beijada, tocada, cantada. É um GRANDE PROBLEMA quando essa pessoa que você esconde por trás desse disfarce de conservador é um estuprador em potencial esperando a primeira rejeição pra surgir.

Pois bem.
Estava eu curtindo um pré carnaval na rua de casa mesmo com alguns amigos próximos... E esse cara. Ele também conhecia a galera (há bem mais tempo que eu, consequentemente bem mais próximo) e já haviam uns meses que ele vinha puxando papo. Comentários em status do whats, elogios... Nada que parecesse grave até então. Mas nesse dia, quando eu cheguei, já o encontrei muito bêbado. Então começou a tentar me agarrar, falar merda no meu ouvido, tentar me beijar, mas eu sempre empurrando e mantendo a calma pra não acabar com a festa do pessoal. A situação começou a ficar pior quando ele falou que queria me ter, que precisava me ter de qualquer maneira, mesmo que eu já tivesse dito que eu NUNCA (ênfase no NUNCA) seria dele, até por que não sou objeto.
Não satisfeito, de forma arrogante, gritou no meu ouvido que ia me estuprar. O amigo dele, que ouviu na hora, apenas riu e pediu pra que eu não fizesse nada pois ele já estava muito bêbado e não sabia o que estava fazendo (como se fosse justificativa).

Com nojo, repulsa, ódio e medo eu voltei pra casa. Agora tenho receio de andar na minha própria rua. Sofro de ansiedade e tenho perdido noites de sono desde então. As providências cabíveis eu já estou tomando e sei que não estou só, apesar de me sentir assim muitas das vezes.

Estou escrevendo para alertar vocês, moças. Cuidado nesse carnaval, por favor!
Não aceitem caronas de estranhos, peguem Uber sempre em grupo e nada de aceitar as balinhas que o serviço oferece. Não podemos confiar nos homens, mas temos umas as outras. É muito bom ter esse espaço pra desabafar, é um abraço na alma.

Fiquem bem.
KF.

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